quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Glenn Hughes no Brasil



Glenn Hughes, que ja passou pelo Deep Purple, Black Sabbath e etc. está em turnee no Brasil. Após um show em Lages, Santa Catarina, dia 11 de dezembro, tocará hoje, dia 16, no Carioca Club (Pinheiros), com participação especial da banda CASA DAS MÁQUINAS.

Ainda no desembarque do Aeroporto, declarou todo seu amor pelo Brasil, dizendo que está voltando ao estilo de Rock que o consagrou e que o Brasil será sempre seu ponto de partida, pois segundo ele, os brasileiros são os melhores do mundo.

Ontem, dia 15 fez uma participaçao especial no programa do Ronnie Von da Gazeta, onde cantou Mistreated em "estilo acustico".

Ingressos:
http://www.awo-mkt.com/glennhughes


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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sinfonia da chuva



Dia de chuva é dia de sinfonia neste edifício de Dresden, na Alemanha. O prédio fica na Kunsthofpassage, no bairro estudantil da cidade alemã.
Funis, cones, canos, ratoeiras e vários outros "metais" se transformaram em instrumentos e foram milimetricamente ajustados para garantir que a água que cai do céu produza música. Olhando assim, parece um labirinto, mas cada curva, desvio ou queda tem sua razão de ser. O volume do som, a melodia e a harmonia, é claro, dependem todas da intensidade das gotas d'água. A "parede funil", como é chamada, nunca repete uma composição. Todas as suas canções são inéditas.

DCMidia
Atlas Obscura

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Velocidade máxima na areia







Acelerar de 0 a 100 quilômetros por hora em apenas 2,8 segundos é apenas uma das características desse veículo desenhado especialmente para aventuras em dunas e solos arenosos. Desenvolvido pela empresa suíça Sand-X em colaboração com a norte-americana Platune, esse brinquedinho alcança até 185 quilômetros por hora.


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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Stand By Me"

Um lindo clipe de som e excelente trabalho de engenharia.
O vídeo é composto por diferentes cantores e músicos de rua, em diversos lugares do mundo, executando o clássico "Stand By Me".

Atenção ao velhinho de barba e macacão, ele é sensacional!





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domingo, 30 de agosto de 2009

Marco Antônio Araújo



Músico brasileiro nascido em 28 de agosto de 1949 na cidade de Belo Horizonte e falecido a 7 de janeiro de 1986 vitimado por um aneurisma cerebral, um dia antes de receber um prêmio de "Melhor Instrumentista do Ano de 1985" oferecido pela Revista Veja.
Marco Antonio era filho de Miguel e Lygia Araujo. Foi criado no bairro dos funcionarios em Belo Horizonte . estudou no colegio Santa Helena E no Liceu Salesiano. Seu interesse pela musica iniciou -se em 1966 e foi na praia de Santa Monica no estado do Espirito Santo onde passava ferias com sua familia,que teve um acidente durante uma pescaria que o deixou cego de um olho.Isso nunca impediu sua evolucao na musica e nao representou um impecilho na sua carreira artistica.

História
Fortemente influenciado pelos Beatles, em 1968, passou a integrar, como guitarrista, o grupo Vox Populi, que mais tarde seria um dos núcleos formadores do Som Imaginário, que acompanharia o cantor e compositor Milton Nascimento.
Em 1969, gravou um compacto simples pelo selo regional BEMOL, em parceria com o maestro e tecladista Zé Rodrix e os guitarristas Frederyco e Tavito, todos integrantes do Som Imaginário. Participou, como músico convidado, da gravação da música POISON, de co-autoria com Zé Rodrix. Abandonou o curso de Economia e o emprego de bancário para se dedicar à
música, indo no ano seguinte viver alguns meses na cidade de Ouro Preto, com a comunidade do diretor de teatro Julien Beck, do célebre grupo novaiorquino "Living Theatre".
Em 1970, mudou-se para a Inglaterra, onde morou por 2 anos, trabalhando como carregador de móveis e tocando música "folk" no "Troubador" de "Earls Court Rd", época em que conheceu, no exílio,Caetano Veloso e Gilberto Gil, além de assistir a shows de grupos como Pink Floyd, Led Zeppelin, Deep Purple, Gênesis e Supertramp.

Retornou ao Brasil 1973, vivendo no Rio de Janeiro e descobrindo o fascínio da música erudita, passando a estudar forma musical e composição com Esther Scliar (para quem dedicaria posteriormente um de seus discos). Estudou ainda violão clássico com Léo Soares e violoncelo com Eugene Ranewsky e Jaques Morelembaun, na Escola de Música da Universidade Federal
do Rio de Janeiro. Foi nessa época que compôs trilhas para cinema, teatro e balé, destacando-se desse período a trilha da peça RUDÁ, dirigida por José Wilker e CANTARES, um balé apresentado pelo grupo CORPO, tendo se casado com Déa Marcia De Souza, uma das bailarinas do grupo.
De volta a Belo Horizonte em 1977, prestou concurso para violoncelista da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, tendo sido aprovado e contratado como o seu primeiro músico. Em paralelo com as atividades da orquestra, continuou com a sua produção independente, realizando shows em pequenos teatros, dando início à formação de um público atento e fiel.

Em 1979 passou a trabalhar com o grupo Mantra, do qual faziam parte o seu irmão e guitarrista ALEXANDRE ARAÚJO, IVAN CORREA (baixo) e SERGIO MATOS (bateria). Nessa épóca deixou de tocar guitarra com o grupo, passando a tocar apenas violão.
Desse momento em diante, o grupo tornou-se a base do seu trabalho musical e a sua sonoridade fundia os elementos das músicas sinfônica e barroca mineira com o rock progressivo. O MANTRA passou a acompanhá-lo em seus shows e novos músicos foram incorporados , o flautista EDUARDO DELGADO e o violoncelista ANTONIO VIOLA.

Através do projeto "ACORDE MINAS", elaborado pela "STRAWBERRY FIELDS", sua gravadora, em parceria com a Rede Globo MINAS, a COORDENADORIA DE CULTURA DE MINAS GERAIS e a TURISMINAS, no ano de 83, MARCO ANTÔNIO ARAÚJO viajou por diversas cidades mineiras, conquistando um público crescente.
Virava as noites compondo sendo considerado um louco, um obcecado pelo seu trabalho, viciado pela necessidade extrema de criar.
Discografia
INFLUÊNCIAS - 1982: seu primeiro LP independente lançado por sua própria gravadora, a STRAWBERRY FIELDS, que segundo o músico: "seria um filtro das coisas que me emocionam e para filtrar estas emoções, as pessoas têm que vivê-las plenamente".
QUANDO A SORTE TE SOLTA UM CISNE NA NOITE - 1982: foi lançado o seu segundo LP: apesar de bem recebido pela crítica, ainda
não satisfez o compositor: "estou investindo tudo em Minas, mas agora é preciso ir a São Paulo e Rio de Janeiro. Não posso ficar parado aqui. É preciso mostrar o meu trabalho para o Brasil", dizia.
ENTRE UM SILÊNCIO E OUTRO - 1983: dedicado "in memorian" a sua professora Esther Scliar, e trazendo na capa uma gravura do artista plástico Carlos Scliar, foi seu disco mais elaborado, premiando o lado mais erudito de sua formação musical. O disco não teve a participação do grupo MANTRA e contou com os celistas JAQUES MORELEMBAUN e MÁRCIO MALLARD, e o flautista PAULO GUIMARÃES, formando um quarteto de câmara.
LUCAS - 1984: homenagem ao seu segundo filho, a obra conta com uma homenagem ao guitarrista Jimmy Page.
ANIMAL RACIONAL - 1985: coletânea dos dois primeiros discos
Adaptado de Wikipedia


Influências (1980)
1- Panorâmica
2- Influências
3- Bailado
4- Abertura II
5- Cantares
6- Folk Song
7- Entr' Act I & II
8- Floydiana

Marco Antônio Araújo (Violão Ovation, Slide Guitar & Percussão)Alexandre Araújo (Guitarras)Eduardo Delgado (Flauta & Percussão)Antonio Viola (Violoncelo)Ivan Correa (Baixo)Mário Castelo (Bateria & Percussão)Philip Doyle (Trompa)Amilton Pereira (Trumpete)Maurício Silva (Trumpete)Edson Maciel (Trombone)Edmundo Maciel (Trombone)Maurício Maestro (Palmas e Vozes em "Folk Song")Jaques Morelembaum (Regência em "Influências")


Quando a Sorte te Solta um Cisne na Noite (1982)
1- Floydiana
2- Alegria
3- Quando a Sorte te Solta um Cisne na Noite
4- Pop Music
5- Adágio6- Ilustrações
7- Cavaleiro - Trilha do Balé Cantares
8- Sonata para Cello e Violão

Marco Antônio Araújo (Violão Ovation, Violão Folk, Viola Grávida, Slide Guitar & Guitarra)Alexandre Araújo (Guitarra)Max Magalhães (Piano)Eduardo Delgado (Flautas)Antonio Maria Viola (Violoncelo)Ivan Correa (Contrabaixo)Mário Castelo (Bateria)Sérgio Gomes (Trompa)


Entre um Silêncio e Outro (1983)
1- Abertura I
2- Abertura II
3- Cantares III
4- Fantasia II
5- Fantasia III

Marco Antônio Araújo (Violões)Paulo Guimarães (Flauta)Marcio Mallard (Violoncelo)Jaques Morelembaum (Violoncelo)


Animal Racional (1984)
[Coletânia]


Lucas (1984)
1- Lembranças
2- Caipira
3- Lucas
4- Para Jimmy Page
5- Brincadeira
6- Cavaleiro
7- 3rd Gymnopédie
Marco Antônio Araújo (Violões)Alexandre Araujo (Guitarra)Eduardo Delgado (Flauta)Jacques Morelembaum (Violoncelo)José Marcos Teixeira (Sintetizadores)Max Magalhães (Piano)Ivan Correa (Baixo)Lincoln Cheib (Bateria)Nando Carneiro (Arranjo e Gravação dos Sintetizadores em "Lucas")


Marco Antonio Araujo - Influências - Panorâmica



Marco Antonio Araujo - Influências - Floydiana



Marco Antônio Araújo Ao Vivo MASP 1985 - Raridade (só áudio)



Marco Antônio Araújo Ao Vivo MASP 1985
Áudio MP3 em 12 faixas BAIXAR



Alexandre Araújo, guitarrista e irmão de MAA, fez uma homenagem desenterrando a história de seu irmão, regravando algumas músicas conhecidas e apresentando outros materiais inéditos.
Abaixo, a playlist com 15 vídeos.



Baixe os 4 albuns + show (Masp-1985-by Ricardo LDR) (345Mb) 
link atualizado em 16/09/2015
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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Jon Lord e Som Nosso de Cada Dia na Virada Cultural


O evento anual Paulistano reunirá centenas de atrações no centro de São Paulo por 24 horas ininterruptas. A programação começa às 18h do dia 2 de maio e só termina às 18h do dia 3.



O legendário tecladista britânico Jon Lord, do Deep Purple, se apresenta ao lado da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo para executar o álbum "Concerto para Grupo e Orquestra" do Deep Purple, celebrando 40 anos de sua criação. O espetáculo marcará a abertura da 5 edição do evento.

"Concerto para Grupo e Orquestra" (1969)
Gravado originalmente pelo Deep Purple e pela Royal Philharmonic Orchestra em 1969, no Royal Albert Hall, este álbum foi considerado um tanto estranho na época. Se hoje é prática recorrente de inúmeras bandas tocar suas músicas ao lado de uma orquestra, há 40 anos compor e se apresentar com uma era algo no mínimo inusitado. Foi exatamente o que o Deep Purple fez, e em dez dias escreveu todo um concerto. Atualmente, John Lord viaja o mundo executando 'Concert for Group and Orchestra' e em cada país, em cada cidade, apresenta-se ao lado de músicos e orquestras locais.
Local Av. São João
Dia 02 de Maio
Horário 18:10


Enquanto isso, na Praça da República estará rolando rock brasileiro:
Tutti-Frutti (19:00h)
O Som Nosso de Cada Dia (20:50h)
Joelho de Porco (22:40h)


Como o palco da São João é bem perto da República, dá para ver o Jon Lord, um pouquinho do Tutti-Frutti, o Som Nosso de Cada Dia e, se não cansar, ver um pouco do Joelho de Porco.



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sábado, 11 de abril de 2009

Deep Purple - Stormbringer Remastered 35th Anniversary Edition - 2009


Sou um super fã do Deep Purple. Gosto da fase Ian Gillan, da fase Coverdale/Hughes, da fase Tommy Bolin, da fase Joe Lynn Turner, adoro a fase Steve Morse, ou seja, gosto de todas, e sem distinção, pois cada uma tem suas características e nenhuma fica devendo a outra. Para um fã irredutível como eu, é tão bom ouvir Deep Purple cheio de chiados ou remasterizado, com a qualidade sonora proporcionada pela tecnologia atual.

O CD duplo, Stormbringer Remastered 35th Anniversary Edition, contém as faixas remixadas e remasterizadas do material original de 1974. A arte visual também foi restaurada, ganhando um encarte com letras, fotos e textos. Todo o trabalho foi dirigido pelo próprio Glenn Hughes.


Esta planejada também uma reedição em vinil.


Stormbringer (1974) é um dos clássicos do Deep Purple. Completanto 35 anos, foi o último disco de estúdio com a formação Ritchie Blackmore (guitarra), Jon Lord (teclado), Ian Paice (bateria), Glenn Hughes (baixo e voz) e David Coverdale (voz).


1. Stormbringer
2. Love Don´t Mean A Thing
3. Holy Man
4. Hold On
5. Lady Double Dealer
6. You Can´t Do It Right
7. High Ball Shooter
8. The Gypsy
9. Soldier Of Fortune
10. Holy Man (Glenn Hughes Remix)
11. You Can´t Do It Right (Glenn Hughes Remix)
12. Love Don´t Mean A Thing (Glenn Hughes Remix)
13. Hold On (Glenn Hughes Remix)
14. High Ball Shooter (Instrumental)


Link aqui (320kbps)

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Colisões - Perigo radioativo no céu e no mar

Colisão de satélites revela crises espaciais

“A colisão Iridium x Cosmos, que gerou tanto lixo e pode gerar muito mais ainda através do “efeito cascata”, não pode prescindir de uma análise mais consistente e eficaz”

Já se conseguiu evitar grande número de choques entre objetos espaciais e peças do imenso lixo hoje existente nas principais órbitas usadas em serviços de utilidade pública. Por que o satélite americano de comunicação Iridium não logrou se desviar do satélite militar russo Cosmos, já em desuso, no dia 10 de fevereiro passado? E por que o Cosmos continuava em órbita, se já não funcionava? São questões à espera de respostas.

Mas a inusitada colisão tem implicações bem maiores. Envolve sérias dificuldades políticas, que vêm causando grave paralisia jurídico-internacional. É um quadro perturbador praticamente desconhecido, que, no entanto, deveria merecer especial atenção da opinião pública global.

Três são os problemas em jogo, que julgo mais críticos:

1) O aumento vertiginoso do lixão espacial, para ser enfrentado com o devido vigor, exige medidas de bem mais eficazes que os paliativos propostos até hoje. O Comitê das Nações Unidas para o Uso Pacífico do Espaço Cósmico (Copuos), criado em 1959 para avaliar e regulamentar as atividades espaciais, aprovou, no início de 2007, uma série de diretrizes para orientar os países no tratamento voluntário do lixão espacial, adotada pelo Subcomitê Técnico-Científico, após anos de debates.

Tais normas, logicamente, deveriam ter passado pelo crivo do Subcomitê Jurídico, para ganharem o necessário peso legal, dada a gravidade da situação nas órbitas mais utilizadas. Mas a área jurídica foi mantida à margem e não teve chance de apreciar a matéria.

O fato ilustra uma das crises do Copuos: certas potências espaciais preferem normas técnicas, de cumprimento voluntário, a normas jurídicas, que sempre têm maior autoridade política, mesmo quando não obrigatórias. Troca-se o político-jurídico pelo apenas técnico, o que muda a competência básica do Copuos.

Algo similar ocorre no âmbito do Direito Internacional Público: a produção de tratados multilaterais perdeu o ímpeto dos anos 60 e 70, por exemplo. O Brasil, unido aos países da América Latina, da Europa e de outros continentes, poderia defender a inclusão do tema dos dejetos espaciais na agenda do Subcomitê Jurídico do Copuos, que se reunirá de 23 de março a 3 de abril, em Viena, Áustria.

A colisão Iridium x Cosmos, que gerou tanto lixo e pode gerar muito mais ainda através do “efeito cascata”, trombando com o monturo já existente, justamente nas órbitas de maior frequencia, não pode prescindir de uma análise mais consistente e eficaz.

2) Torna-se mais e mais necessária a criação de um Sistema Global de Controle das Atividades Espaciais, que permita saber a cada instante, como ocorre hoje no tráfego aéreo, onde e como está cada satélite lançado ao espaço, suas coordenadas exatas, seu estado de funcionamento, a situação real de seus principais equipamentos, a quantidade disponível de combustível, o nível de controle exercido sobre ele pela respectiva estação terrestre e outros dados essenciais.

A ideia vem sendo discutida há vários anos pela Academia Internacional de Astronáutica, Instituto Internacional de Direito Espacial e outras organizações nacionais e internacionais de pesquisas em C&T espacial, mas ainda não logrou sensibilizar os governos e empresas que lideram as atividades espaciais. Ante tal crise, a França propôs no Subcomitê Jurídico do Copuos o exame da “sustentabilidade das atividades espaciais”, que poderá abarcar os temas do lixão espacial, da segurança das atividades espaciais e da não instalação de armas no espaço, pois isso levaria à sua conversão em virtual teatro de guerra e possível fonte de lixões incontroláveis, bem como de consequentes apagões espaciais. Cabe ao Brasil apoiar e, se necessário, ampliar a iniciativa francesa.

3) É preciso acionar a Convenção sobre Responsabilidade Internacional dos Estados pelos Danos Causados por Objetos Espaciais, em vigor desde 1972, que, em seu Artigo 3º, responsabiliza o país cujo objeto espacial causou dano a um objeto espacial de outro país “em local fora da superfície da Terra”, ou seja, no espaço, “se o dano decorrer de culpa sua ou de pessoas pelas quais for responsável”.

Cabe perguntar: a colisão teve um culpado? A conduta concreta e objetiva de quem dirige os objetos espaciais a partir de sua estação na Terra deve ser reconstituída para se ter clareza sobre o encadeamento causa-efeito no acidente. Voltamos, assim, à pergunta inicial. Mas agora destacando um primeiro indício relevante: o satélite Cosmos, deixado ao léu após seu ciclo de vida útil, parece que voava sem controle, ao contrário do Iridium, que permanecia controlado.

A Rússia, então, poderia ser considerada culpada por não retirar de circulação o falecido Cosmos, lançado nos idos de 1993, hoje objeto em desuso e já sem controle, em órbita tão povoada.

Já os Estados Unidos poderiam ter certa culpa, na medida em que as pessoas incumbidas de dirigir o Iridium não foram capazes de desviá-lo da rota de colisão. Um choque entre dois culpados? Sim e não. Creio que, no caso, a culpa da Rússia é bem maior que a dos Estados Unidos. Mas como condenar a Rússia por abandonar no espaço um satélite inútil, que, por si mesmo, já é um enorme dejeto espacial de 950 kg, se o Direito Espacial ainda não obriga legalmente os países a conduzirem tais objetos, em derradeira manobra, às chamadas “órbitas cemitério” ou à reentrada na atmosfera para ali se diluírem?

E como convencer as potências espaciais, que sistematicamente recusam qualquer projeto de atualização dos tratados espaciais firmados há mais de 30 anos, e de criação de novos acordos para regulamentar os mais recentes rumos das atividades espaciais? Esta é outra crise com que nos defrontamos numa área que se tornou mais estratégica do que durante toda a Guerra Fria. O desafio, portanto, é mover-se num espaço de contínuas crises imobilizantes.

José Monserrat Filho é professor de Direito Espacial, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial (SBDA), membro da Diretoria do Instituto Internacional de Direito Espacial, membro efetivo da Academia Internacional de Astronáutica, membro do Comitê Espacial da International Law Association (ILA), e, atualmente, chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Jornal da Ciência

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Europeus fazem simulação de 'tráfego intenso' de satélites no espaço

Cerca de 12 mil objetos giram ao redor do planeta atualmente.
Imagens da ESA (Agência Espacial Européia) ajudam a entender colisão.


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Imagem da Agência Espacial Européia mostra como é o 'congestionamento' de satélites em órbita (Foto: ESA/AFP)

As imagens impressionam. São parte de uma simulação da ESA (Agência Espacial Européia) para mostrar onde estão os mais de 12 mil satélites artificiais da Terra, colocados em órbita por foguetes nos últimos 50 anos. Olhando para elas, fica mais fácil entender como, apesar de todo o esforço de rastreio feito por agências espaciais ao redor do mundo, dois satélites, um russo e um americano, colidiram no espaço, sobre a Sibéria.


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Em órbitas mais distantes, o tráfego também é intenso (Foto: ESA/AFP)

Nas imagens, há um exagero, claro: os satélites na verdade são bem menores do que parecem na simulação, em comparação com o tamanho da Terra. Por isso, ao tirar fotos de nosso planeta, as sondas espaciais não revelam a montanha de metal, lixo e painéis fotovoltaicos que gira o tempo todo sobre nossas cabeças. Ainda assim, está tudo lá.

As preocupações de segurança são maiores para missões tripuladas. Em caso de uma colisão de algum desses satélites com a Estação Espacial Internacional, é improvável que os tripulantes do complexo orbital pudessem sobreviver. Daí a necessidade de monitorar de perto tudo que é colocado em órbita da Terra.

G1

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Falta de comunicação é a provável causa da colisão entre dois submarinos no Atlântico


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De acordo com uma entrevista dada à revista Time por um veterano comandante britânico, a recente colisão entre o submarino nuclear francês Le Triomphant e o submarino nuclear HMS Vanguard da Grã-Bretanha no Atlântico Norte, pode estar relacionada com a falta de comunicação entre a Marinha da França e as forças navais integrantes da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Segundo Julian Ferguson, veterano aposentado em 2006 que comandou um dos quatro submarinos nucleares da Classe Vanguard da Royal Navy, o acidente aconteceu provavelmente porque um não tinha conhecimento da presença do outro, embora os dois estivessem navegando na mesma área.

A OTAN opera um sistema de controle de tráfego que alerta as nações aliadas sobre a presença de submarinos amigos. O sistema é projetado exatamente para evitar colisões. Entretanto, a França não faz parte do comando militar da OTAN e não recebe nem emite essas informações.

A Marinha francesa confirmou que não revela as posições dos seus submarinos nucleares armados com mísseis estratégicos. "A França não fornece todas as informações sobre a posição dos seus armamentos nucleares ou submarinos transportando armas dessa natureza, porque consideramos nosso arsenal nuclear um elemento vital de nossa capacidade de defesa", disse Jérôme Erulin, porta-voz da Marinha da França, à revista.

Fontes oficiais ouvidas pela Time disseram que a França não está sozinha em reter informações sobre os submarinos nucleares armados. Britânicos e estadunidenses também mantém sigilo sobre a localização de suas armas de dissuasão estratégica. Um porta-voz da OTAN, afirmou: "A França utiliza os mesmos procedimentos adotados pelos membros da aliança atlântica no que diz respeito à sua frota submarina". Mas, por outro lado, Julian Ferguson diz que os franceses são particularmente “secretistas” devido à sua posição de não participante da OTAN.

No passado já houve discussões motivadas pela preocupação com a falta de comunicação entre as forças navais dos dois países. Em 1994, a Grã-Bretanha e a França debateram uma cooperação mais estreita entre as suas forças navais e um possível estabelecimento de áreas de patrulhamento para seus submarinos nucleares. O processo de discussões foi até setembro de 2000 e as disposições foram formalizadas num acordo bilateral de cooperação na área de defesa. Esse acordo prevê uma troca de visitas regulares de submarinos armados entre os dois países e intercâmbios sobre a política nuclear. Mas não está claro se isso inclui a troca de informações sobre posicionamento de submarinos nucleares armados e muitos especialistas dizem que não. "O fato de que a colisão ocorreu indica que os dois aliados têm de se comunicar mais", afirma Hans Kristensen, especialista da Federação de Cientistas Americanos em assuntos da OTAN.

Segundo Ferguson, embora o cruzamento muito próximo de dois submarinos nucleares equipados com sonar em um vasto oceano pode parecer improvável, mesmo sem trocas de comunicações, existem anomalias ambientais no Atlântico que fazem uma colisão ser um evento mais provável do que se pensa. Submarinos em missão de dissuasão, por exemplo, tendem a se posicionar em lugares onde é pouco provável que sejam encontrados por outros submarinos e aviões de reconhecimento. Existem fatores oceanográficos nesses “esconderijos” em alto-mar, como por exemplo, diferenças acentuadas de temperaturas e correntes marinhas locais, que podem interferir na eficácia do sonar e a presença de outro submarino não ser percebida a tempo para que a ação de evasiva seja executada para se evitar uma colisão, explica Ferguson.

"As ogivas nucleares múltiplas que o submarino francês e o britânico transportavam não correram o risco de detonação por ação da colisão", disse Ferguson. Mas o grande perigo ficou por conta de um provável dano aos reatores nucleares das duas embarcações, cujas conseqüências poderiam ser o envenenamento da tripulação e disseminação dos resíduos radioativos por milhas sobre o Oceano Atlântico.

A colisão poderia ter sido evitada por força de uma melhor comunicação entre a França e a OTAN e a revelação da ocorrência veio em um momento politicamente sensível. A França está em vias de voltar a participar da infra-estrutura militar da OTAN a partir de abril. Essa política francesa de sigilo sobre a localização de sua frota de submarinos nucleares será alvo de pressões antes que a reintegração aconteça, especialmente porque os franceses já informaram que não estão dispostos a mudar de posição sobre a questão.

Tecnologia & Defesa

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domingo, 18 de janeiro de 2009

André Siqueira, Cristiano Kotlinski e Trevisan

Por falar em descobertas musicais na web, outros dois que achei e gostei no mesmo site Música do Mundo foram:

ANDRÉ SIQUEIRA. compositor, arranjador e multi-instrumentista, trabalha com música instrumental e acompanha artistas relacionados ao universo da viola caipira, realizando shows, arranjos e gravações. Formado em música pela Universidade Estadual de Londrina - PR, atualmente, reside em Belo Horizonte onde está concluindo o mestrado em música na Universidade Federal de Minas Gerais, realizando pesquisa sobre os procedimentos composicionais do italiano Giacinto Scelsi. Tendo a improvisação como foco principal, André Siqueira trabalha a idéia de que, a energia vital que emana do músico, é mais importante que simplesmente a "nota" tocada. Os sons produzidos devem ser espiritualizados.
Ouça:
1. Lisa


CRISTIANO KOTLINSKI, iniciou seus estudos de violão erudito aos seis anos de idade, anos mais tarde estudou piano na Academia Prediger em Porto Alegre, mesmo período em que iniciou suas atividades como professor de música em várias instituições. Paralelamente é solista de jazz e música erudita em projetos do Teatro São Pedro e Sala Mário Quintana entre outros.Participou do Projeto Pinxiguinha, dirigiu o grupo de flamenco Alumbra España e junto a expressivos violonistas como o duo Barbieri e Schneider, participou também do Festival de Violões de Campo Grande. Lançou um trabalho independente com sambas e choros de sua autoria, valsas e chamames de parceiros como Rodrigo Sater e Júlio Herrlein, além de clássicos do violão erudito de Augustin Barrios. (Katiú)
Ouça:
2. Rico


Mais ou menos há um ano, uma amiga me pediu para fazer um voto virtual em uma banda que concorria em um festival de música. Porém, ao ouvir a música não gostei muito e resolvi ouvir as outras concorrentes. A maioria não me agradou, mas uma das músicas eu gostei tanto que, para desgosto da minha amiga, resolvi votar nela. Procurei na web e achei o site do autor onde o CD inteiro "Mutualidade individual" estava disponível.

TREVISAN, ou Carlos Alberto Trevisan Filho nascido em São Paulo no dia 26/09/1977, formado em comunicação social, Radio TV. Iniciou na musica aos 14 anos, sempre se arriscando a compor desde o começo, tocando em bandas de vários gêneros musicais como samba e rap e apostando na mistura natural de sons e estilos da MPB. Tendo como inspiradores Chico Buarque, Lenine, Zeca baleiro, Cordel do fogo Encantado e outros grande compositores da corajosa e verdadeira musica brasileira, aos 26 integrou o inicio do projeto independente "O Teatro Magico", no qual tem parceria na musica Sobrenomes. Agora investe em seu mais recente projeto: o CD "Mutualidade Individual", solo e autoral totalmente independente, onde consegue mostrar versatilidade como letrista e musico. Trevisan acredita na forca da musica independente.
Ouça:
09. Feira

Pra finalizar, ando fuçando no site Palco MP3, que contém mais de 20 mil artistas e bandas desconhecidas com mais de cem mil músicas. Como é muito material, tem que ir escolhendo aleatoriamente e ter a sorte de não pegar o carinha que grava no celular cantando no banheiro, mas boa parte é bem produzido. Qualquer dia faço aqui uma seleção do que estou achando legal.

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FUNKÍSSIMA



Uma banda que descobri na web há uns tres anos e que gostei muito.

Trata-se do grupo FUNKÍSSIMA, música instrumental gaúcha, com a base no Funk, Jazz e Rock, de ótima qualidade. Com certeza vale uma ouvida.

6 músicas estão disponíveis no site Música do Mundo, de onde vem também as imagens e o texto logo abaixo.








O Projeto Funkíssima começou no início de 2004, como um movimento de laboratório de funk e grooves, apresentando um repertório e uma formação indefinidos em longas noites de improvisos. O movimento começou com o guitarrista Cisco Vasques, com músicos do grupo Caixa Preta, Blues Estation, entre outros.

Durante todo o ano de 2005, o Funkíssima fez parte do Projeto Gestação Cultural realizado na sala 209 da Usina do Gasômetro (Porto Alegre), que foi o principal local para o desenvolvimento dos seus sons próprios e apresentações.
Funkíssima é musica instrumental com a base no Funk, mas passando pelos gêneros, jazz, samba, rock e grooves. Em sua formação estão: Gustavo Ferreira, Gus (Contra-baixo); Cisco Vasques, Cisque (Guitarra); Raphael Marx(Bateria); Rafael Lima (Sopros e Teclado) e Fernando Ladeira (Percussão).

Recentemente, o grupo gravou seu primeiro trabalho intitulado Projeto Funkíssima, Hand Made In Brasil com composições próprias e inteiramente gravado ao vivo na sala 209 na Usina do Gasômetro. Este cd é resultado de ensaios de um trio base: Baixo, Guitarra e Bateria, com formação original composta nos dias da gravação. (Thaís Rosa)

Contato: Cisco - Fone: (51) 92759292 / E-mail: cisco.estudio@terra.com.br
O cd está à venda pelos telefones: (51) 92759292 ou (51) 91140669

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