Fuçando em uns backups antigos, achei uma crônica que escrevi em janeiro de 2004. Segue:
Arapuca
É... falar sem pensar pode fazer com que nossas palavras nos coloquem numa verdadeira arapuca, hehehe... hoje, depois do expediente, como estava um calor infernal, fui até o bar da esquina tomar uma gelada e presenciei uma cena interessante:
Um cara, tipo cafajeste de boteco, com um copo de pinga na mão, em pé na porta do bar olhando o movimento... quando passa um casal, descaradamente o sujeito encara ela "vindo e indo".
O marido já nervoso resolve tirar satisfação:
E aí mano, tá olhando o que? Perdeu alguma coisa ou tá achando que ela é tua parente?
E o descarado responde tranqüilamente:
Sai fora cara! Tô olhando nada!
E aproveitando que o tal marido, só com essa resposta já estava se dando por vencedor, pra não ficar na pior, o cafajeste emendou:
Tem coisa muito melhor que tua mulher pra eu olhar!
Puts, pensei comigo, agora o pau vai quebrar feio. Dito e feito, o marido raivoso deu a sacola do super mercado para a mulher segurar, voltou bufando e seguiu-se o seguinte "dialogo":
Como é que é, cara? O que foi que você falou?
Eu disse que tem coisa muito melhor que tua mulher pra eu olhar!
Seu descarado! Cê tá dizendo que minha mulher é feia?
Feia é pouco cara! Sua mulher é um trubufú! E escuta aqui mano, quer dizer que eu tenho que achar que sua mulher é bonita?
É lógico,(respondendo meio sem graça e sem saída) se eu me casei com ela?!?!
Pera aí meu! Primeiro você ficou bravo porque eu tava olhando para a sua mulher e agora você quer que eu ache ela bonita?!?! Qual que é a tua cara?
Ahhh... vai se foder!
Vai você, ô babaca!
Ô Chico, dá mais uma aí!
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